segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pausa

Pausa. Pause. Não importa o idioma: português, espanhol, italiano, inglês, francês, alemão. Você me pediu tempo, e eu não concordei, não aceitei, mas tive que obedecer. Não importa o idioma. Sei que é o fim. O fim de um sentimento, que talvez nunca tenha existido de sua parte; porque de minha parte, não há pausa, não há outro tempo a não ser o agora, que é o tempo de ser feliz.
Pensei várias vezes que nossa história era p'ra sempre, e nosso fim era “viveram felizes para sempre”. Nada! Bobagem eu me deixar iludir assim. E agora você aí, talvez contente sem mim, e eu, eu sem você, no seu oposto estado de espírito.
Porque a minha poesia perdeu a lírica. E o poema tão sinestésico de você e de mim, virou antítese, paradoxo. Você alegria, eu tristeza; você certo do nosso futuro; eu imprecisa. Não adianta mais. Inútil mentir que minha felicidade não está em suas mãos, porque está. Sempre esteve ao seu lado. Tolo dizer que não o amo, não é verdade, é fuga. Amor assim, talvez para sempre. Mas, por enquanto, ainda o é... para sempre, sem talvez. Meu coração não pausa um sentimento, assim... tão fácil.