segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Xeque-mate

O que eu quis, há muito, foi esquecido...
Não me embriago mais em seus olhos.
Não sou mais dependente da sua droga,
Não o vejo mais príncipe, o vejo sapo.
Não tenho mais crise de abstinência
Dos seus abraços,
Nem crio fantasias,
Nem sonhos ultra-românticos – com você.
Seu xadrez, foi perdido,
Você tentou roubar,
(Pois eu não sabia jogar esse seu jogo,
Mas aprendi)
Mas fui eu que consegui fazer
Xeque-mate!
Xeque-mate, afinal!
Derrubei você – rei – e a sua torre,
E você todo príncipe-rei,
Virou sapo, caindo da sua torre,
E perdendo seu próprio jogo.
Quem mandou jogar com meu amor?
Eu não estou mais ferida.
Não restam mais sonhos,
Mais contos-de-fada, mais xadrez.
Não resta mais nada do amor
Que eu sentia por você,
Você mesmo pôs tudo a perder!
Nem adianta, agora, me pedir perdão.
Também não sobrou em mim
Nada desse vício que você representou.

Um comentário:

  1. Oi Thaísa! Passei para conferir seu blog. Gostei. Muito bom! Gostei dos seus textos. Este, em especial, me fez lembrar do livro da Ruth Rocha; embora a situação seja bem diferente, acho que a citação cabe aqui:

    "(...) se você é uma princesa, vê lá, hein!
    Não vá beijar nenhum sapo por aí..."

    Continue com o seu blog. Vou virar leitora assídua. Parabéns!
    :)

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